RIO - Taís Araújo tinha 9 anos quando participou de seu primeiro desfile de escola de samba, na Império Serrano. Desde essa época, lembra ela, já era entrosada com o universo, e cheia de samba no pé.
— Não sou estudiosa do assunto, mas minha família é movida pelo samba, de fazer roda em eventos, frequentar ensaios. O samba é parte de mim — afirma Taís.
Todo esse gingado e manemolência a atriz vai mostrar à frente do “Globo de Ouro Palco Viva Samba”, que estreia na segunda-feira, às 21h, no Viva. Ao lado de Cauã Reymond, ela apresenta os seis programas inéditos que trazem pérolas do samba nacional na voz de gente como Arlindo Cruz, Frejat, Beth Carvalho, Diogo Nogueira e Mariene de Castro. O primeiro a pisar no palco é Luiz Melodia, que entoa “A voz do morro”.
— Eu sabia todas as músicas — gaba-se Taís, que reprisa a função de apresentadora que começou com o “Superbonita”, no GNT, onde ficou de 2006 a 2009. — Adoro apresentar. Sou muito comunicativa, faço com prazer. Acho que é natural passear por todos os lugares.
E Taís estará em quase todos os lugares mesmo. Além da atração, ela vive a Michele na série “Mister Brau”, às terças, na Globo, voltou ao palco na sexta-feira com a peça “O topo da montanha”, em São Paulo — esses dois trabalhos com o marido, o ator Lázaro Ramos — e, em setembro, estará no “Vale a pena ver de novo” como a empreguete Penha, de “Cheias de charme” (2012).
Esses três personagens são dos mais satisfatórios da carreira, comenta:
— É bom fazer algo em que você acredita e que une relevância artística e entretenimento. A Michele mostra o empoderamento da mulher, a Penha tratou da questão das domésticas, a peça fala sobre Martin Luther King.
O trabalho para tocar as pessoas continua nas redes sociais, onde Taís faz questão de defender as causas em que acredita. Agora, lançou a hashtag #RepostdasNegas, em que reproduz frases de mulheres negras que admira:
— Pesquisei muito, e quero mostrar mulheres que inspiram. Quero me aproximar do público e que ele se aproxime de mim.