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sábado, 10 de maio de 2014

'Geração Brasil' vai abordar o racismo e Taís Araújo ajudará no combate ao preconceito


Em tempos de racismo no futebol, “Geração Brasil” também vai abordar o preconceito racial na pele de Solano (Felipe Kannenberg). Davi (Humberto Carrão) descobre que o professor de Ciências da Computação da faculdade cursada por ele, Mathias (Danilo Santos Pereira) e Alice (Jéssica Ellen) tem um desagradável histórico de discriminação: 80% dos alunos reprovados por ele eram negros. Revoltado, Davi procura o reitor e fala que suspeita que o professor seja racista. "Não é uma acusação, mas é uma suspeita, grave como você falou. A Alice, do meu ano, foi aluna dele, disse que o Solano vivia fazendo piadinha sem graça, que penou pra passar na matéria dele", conta Davi.

O reitor fala que isso não prova nada e Davi diz que quer ver o histórico dos alunos que já passaram pelo professor Solano. "Se ele for mesmo racista, eu vou descobrir", explica. O reitor avisa essa informação é confidencial e que só os professores têm acesso. "Mesmo quando essa informação pode ajudar a provar que um professor tá cometendo um crime? Porque racismo é crime! Você não acha que os alunos têm o direito de investigar isso?", pergunta Davi, irritado.

O reitor se irrita e diz que Davi não pode falar com ele nesse tom. O jovem diz que tem que ir embora, mas avisa que não vai esquecer dessa história. Logo depois, Davi descobre que Solano vai ser indicado para ser membro do conselho da universidade e decide investigar. E sua decisão fica ainda mais forte depois que encontra o professor no campus e ele tenta intimidar o aluno. "Você e seu 'irmão' andam inventando coisas a meu respeito. Mas vocês não vão vai acabar com a minha reputação!", fala Solano, que sai. Em casa, Davi hackeia o sistema da universidade e descobre que 80% dos alunos reprovados por ele eram negros.

Com a informação em mãos, Davi procura Verônica (Taís Araújo) e conta a ela o que descobriu. "Essa história é quente, Davi! Pelo que eu tô vendo, os negros são minoria na sua faculdade. Mesmo assim, são oitenta por cento das reprovações do racista safado!", vibra a jornalista. Davi fala que o problema é que ele conseguiu essa informação de forma ilegal porque invadiu o sistema da faculdade. "Mas foi por uma boa causa. O Solano tava perseguindo o meu irmão, o cara é um imbecil, não pode ser professor. Só que a gente não pode usar esses dados contra ele, sacou?", diz o jovem.

Verônica avisa que vai à universidade investigar a história. "Com uma pauta como essa, meu filho, eu vou virar aquela universidade do avesso, vou conversar com alunos, professores. Fica tranquilo: esse professor Solano vai ter o que merece", diz ela. A jornalista vai até lá e começa a entrevistar funcionários e alunos sobre o professor e ele a surpreende por trás. "Você é jornalista?", pergunta, desdenhando. Ela pergunta se ele quer ver sua carteirinha do sindicato e ele debocha: "Não, é que você não tem cara de jornalista. Não parece". Solano sai andando. Verônica para um segundo, e então vai atrás, alcança ele, gravando. Verônica pergunta o que ele vai fazer pelos alunos negros quando for nomeado para o conselho. "O mesmo que vou fazer pelos brancos. Eu não faço distinção de cor", diz, irritado.

Solano segue andando, Verônica o segue com o gravador.  "Não é o que dizem as suas avaliações. O número de alunos negros reprovados pelo senhor é três vezes superior ao de alunos brancos", fala. "Os alunos foram reprovados porque mereciam ser", explica. "E como o senhor explica que essa alta incidência de reprovações de negros só aconteça na sua matéria?", pergunta a jornalista. Ele se irrita: "Talvez eu seja menos condescendente". Verônica, então, dispara: "O senhor está sugerindo que alunos negros são aprovados nas outras matérias por condescendência dos seus colegas de magistério? Posso dizer que essa é a sua primeira declaração como futuro conselheiro da faculdade?". Solano parte para cima dela: "Não ponha palavras na minha boca, sua moleca!". E Verônica debocha: "Suas palavras estão aqui, no meu gravador, professor Solano". O elevador do professor chega e Verônica se afasta, vitoriosa.


Fonte: Extra

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