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sexta-feira, 31 de outubro de 2014

Taís Araújo faz balanço de Verônica: ‘Tentei fugir da clássica heroína romântica'

Mãe de João Vicente e grávida de Maria Antonia, atriz conta que pretende fazer pós-graduação em teatro e diz que falta uma grande vilã em sua carreira


Taís Araújo faz um balanço de sua carreira e de seu trabalho em Geração Brasil (Foto: Estevam Avellar/TV Globo)


É só citar Verônica Monteiro, a destemida repórter investigativa de Geração Brasil, para atriz Taís Araújo abrir um largo sorriso de satisfação. Na reta final da trama e aguardando os últimos desfechos de sua personagem – que ao que tudo indica terá um final feliz ao lado de Jonas Marra(Murilo Benício) - a atriz faz um balanço de mais um trabalho em sua extensa carreira: “Com a Verônica eu tentei fugir da clássica heroína romântica e busquei este lado um pouco da comédia. Eu já fiz tantas heroínas na minha e pensei que a Verônica seria mais uma. Quando comecei a ler, vi que era, sim, uma heroína, mas que tinha um espaço legal para a comédia. Ela não é nem um pouco boba.”

De fato Verônica não teve nada de boba e conflitos não faltaram ao longo da trama. Do amor bandido por Jonas aos dramas familiares, como quando seu filho Vicente (Max Lima) queria parar de estudar para ganhar dinheiro. Recentemente, foi surpreendida por uma gravidez inesperada – e de gêmeos – e ainda viveu o dilema entre optar pela realização profissional ou voltar para seu grande amor. Muitos dramas para uma pessoa só? Sim! E Taís só comemora: “Eu não tive nenhum momento de barriga, de estar patinando numa mesma história. Foi uma personagem muito bem amarrada dramaturgicamente e muito bem escrita. Novela boa é novela que tem conflito. E ator quer personagem que tenha conflito. A Verônica tem conflito atrás de conflito, é muito boa. Até arrisco a dizer que foi a personagem que mais teve conflito na minha vida inteira.”

A grande virada de Verônica
Jonas vai atrás de Verônica para saber se os filhos são seus (Foto: Raphael Dias/TV Globo)
Um acontecimento na vida real de Taís foi responsável por uma das principais viradas de sua personagem. A gravidez mais rápida que o planejado de Maria Antônia (ela e o ator Lázaro Ramos, que interpreta o guru Brian Benson na mesma trama, já são pais de João Vicente), levou os autores Filipe Miguez e Izabel de Oliveira a estenderem isso para a ficção. Eis que Verônica Monteiro se viu grávida não só de um, mas de dois – segundo a própria atriz brinca, “para disfarçar o barrigão”.
Ela revela que ficou comovida com o carinho que recebeu ao anunciar a novidade: “Os autores e a direção foram muito carinhosos. O plano até era acabar a novela grávida, mas de uns três meses e não com seis e meio. Mas eles foram tão bacanas e todo mundo ficou tão feliz, que até o meu constrangimento inicial de falar caiu por terra tamanha a felicidade deles.”
Realidade X ficção
Uma curiosidade que poucas pessoas sabem é que, assim como Verônica, Taís também é formada em jornalismo. Ela conta que na época de prestar vestibular, foi orientada pelos pais a escolher uma profissão mais estável que artes cênicas: “Fiquei entre letras, história e jornalismo. Optei por jornalismo e adoro escrever.”
Plenamente realizada na carreira de atriz, ela revela que nem sempre foi assim: “Comecei a trabalhar muito cedo, acho que foi uma coisa que a vida foi me levando. Demorei muito para aceitar a profissão de atriz. Talvez por ser meio caretona com esta coisa de não ter um diploma, eu me diminuía muito. Ficava quase com um pouco de receio de falar que era atriz. Acho que era falta de maturidade mesmo.”
A maturidade
Desde cedo na estrada, Taís tem seu currículo personagens marcantes e de grande representatividade. Seu primeiro trabalho na TV foi aos 17 e, alguns anos depois, assumiu o posto de primeira protagonista negra de uma novela: “Na época eu não tinha noção desta responsabilidade. Quando alguém me perguntava, dizia que não era peso nenhum, justamente para fugir disso. Hoje em dia acho que é uma baita responsabilidade e o maior orgulho.”
Do início da carreira para cá, ela conta que não viu o tempo passar: “E olha que não foi 'facinho' não, foi difícil, sofri pra caramba. Mas, quando eu olho tudo o que sofri, penso que valeu tanto a pena que até esqueço. E até passou muito rápido. Mas tudo que vivi foi muito importante, foi o que me formou”. Entre sucessos e fracassos, veio a grande lição que guarda consigo até hoje: “Esta carreira é muito feita de escolhas e oportunidades. Você tem que aprender a lidar e a escolher. A gente amadurece e aprende muito mais com os erros do que com os acertos. É uma questão delicada também porque somos expostos para o país inteiro. E aprender a lidar com isso faz parte da maturidade.”
Fonte: Globo

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